Hoje, dia 20 de novembro, comemora-se no Brasil o Dia da Consciência Negra. Nessa mesma data, em 1695, morreu Zumbi dos Palmares, liderança conhecida pela resistência e força contra a escravidão. Segundo o historiador Tales Pinto, “a escolha do dia 20 de novembro serviu, dessa forma, para manter viva a lembrança de que o fim da escravidão foi conseguido pelos próprios escravos, que em nenhum momento durante o período colonial e imperial deixaram de lutar contra a escravidão”.
Nada mais justo do que rememorarmos a trajetória de três personalidades negras que, cada uma a seu modo, inovaram e abriram caminhos para que a comunidade negra conquistasse mais espaço na sociedade curitibana e que hoje encontram-se sepultadas no Cemitério Municipal São Francisco de Paula. São eles Enedina Alves Marques, Vicente Moreira de Freitas e Maria Nicolas.
Enedina Alves Marques (1913-1981) veio de uma família humilde, filha de um lavrador e de uma doméstica. Por anos trabalhou como babá e doméstica para subsidiar seus estudos, formando-se na Escola Normal Secundária como professora. Em 1940, iniciou sua trajetória acadêmica, que culminaria em 1945, aos 32 anos, com sua formatura na Universidade do Paraná. Enfrentou preconceitos, reprovações, dificuldades financeiras, mas venceu. Tornou-se a primeira mulher negra engenheira do sul do Brasil, e muito provavelmente, do país.
Vicente Moreira de Freitas (1855-1924) nasceu em Curitiba, na condição de escravizado. Foi beneficiado por um fundo de emancipação para obter a liberdade. No dia 3 de maio de 1888, dez dias antes da assinatura Lei Áurea, junto com um grupo de ex-escravos, se reuniu na casa do oficial de justiça João Batista Gomes de Sá, também negro, fundando o clube, que mais tarde foi denominado Clube 13 de maio, uma associação destinada exclusivamente às pessoas negras, com o objetivo de agregar ex-escravos ajudando-os de forma mútua com auxílio médico-hospitalar, financeiro, educativo, social e funeral.
Maria Nicolas (1899-1988) nasceu em Curitiba, onde concluiu a escola normal e lecionou em diversas escolas da capital e outras cidades do estado, sendo responsável pela formação de centenas de alunos ao longo de mais de trinta anos de dedicação ao magistério. Mulher de múltiplos talentos, Maria foi também escritora, novelista, contista, teatróloga, historiadora, pesquisadora e pintora. Ganhou notoriedade por meio das pesquisas realizadas para suas publicações que abordam a trajetória das principais personalidades políticas e históricas do Paraná, consulta obrigatória para pesquisadores.
Nossa mais sincera reverência à garra, persistência e visão dessas três personalidades tão importantes para a história de Curitiba.
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